O Dia das Mães se aproxima e eu achei útil esclarecer o que o marketing em geral faz parecer tão confuso na cabeça de quem pensa em nos dar um presente.
“Afinal, o que minha mãe gostaria de ganhar no seu dia?” Eu sei. E vou contar.
A primeira coisa a se levar em consideração é que a famosa frase:”Ah, não precisa se incomodar” é mentira. Toda e qualquer mulher ama ganhar presentes. Presente bom. Isso foi muito forte? Agora se prepara: e o-d-e-i-a ganhar o presente errado. Aquela outra famosa frase: “Ah, eu tava realmente precisando de um desses (classificação que serve para todo tipo de eletrodoméstico, meias ou bolsas de ginástica) também é mentira deslavada. Só servem para não fazer o(a) filhinho(a) sentir culpa.
Toda mãe, com maior ou menor talento pra isso, é especialista em presentes. Quem compra o presente da sogra? A gente. Da mãe e do pai? A gente. Dos filhos, sobrinhos, amigos, coleguinhas da escola? Nós, nós, nós.
Tem momentos em que eu realmente paro e penso: dou presentes, logo, existo.
Bem, não é pra me fazer de mártir, mas quero enfatizar que, quando uma mulher fala “qualquer coisinha” para designar o seu desejo, isso significa, na verdade, que ela quer algo que tenha sido pensado para ela, comprado com critério particular, conhecimento de causa e desprendimento financeiro. Pronto, falei.
Crise? Ok, criatividade é bem-vinda. Pintar um quadro, plantar uma árvore ou qualquer outro movimento que demonstre que, de fato, houve um envolvimento pode ser uma saída. Mas não espere gritinhos eufóricos de satisfação. No máximo um sorriso enternecedor.
Mas economizar tolamente é um pecado sem volta. Escolher justamente aquela peça que é a mais barata, às vezes um pouquinho mais barata que a outra mais legal, é algo que qualquer mulher vai notar. E se ofender.
Outra coisa: me desculpem as empresas que veem nisso uma alternativa comercial interessante para os consumidores menos interessantes, mas vale-presente, por favor, nunca, em nenhuma hipótese, jamais.