O meu Daniel está a um mês de completar um ano. Ontem teve o último bolo de mesversário, um ritual repetido ao longo de quase todos os meses, comemorando sua existência e a alegria que ele trouxe a todos que o orbitam. Em um ano não posso dizer que muita coisa mudou, pois seria, ainda assim, pouco.. TUDO MUDOU: eu mudei, o mundo ao meu redor mudou, assim como minhas prioridades, minhas perspectivas, minha relação com o outro, com o mundo e comigo mesma..
As entradas neste meu cantinho ficaram mais raras, quando não se resumem à alguma coisa interessante (ou não) que li por aí.. Hoje vendo uma matéria na Pais & Filho, repensei nos seis momentos mais importantes da minha vida enquanto mãe.. Aproveito os tópicos sugeridos pela revista, com uma pitadinha da minha história..
O primeiro positivo!
Era dia 15 de outubro de 2008, o décimo dia de atraso da menstruação, meu deadline. Fiz o primeiro exame de farmácia, o segundo e, por fim, ainda não querendo acreditar, contanto com os "falsos positivos possíveis", o beta. Foram as 5 horas mais longas da minha vida, entre a saída do laboratório e ouvir o atendente com o resultado pelo telefone. Cinco horas cheias de revelações, conversas, angústias, emoções.. Até que, às 20h em ponto ouvi um rapaz dizer do outro lado da linha "a sua taxa é de 2090, o que é considerado positivo!".. Chorei! Chorei muito.. Desespero, surpresa, uma pontinha de alegria, não sei.. A partir daquele momento era fato: eu estava grávida!
O primeiro ultrassom
Este ocorreu uma semana depois do beta.. Vi meu "feijãozinho" dentro da barriga, com um pontinho cinza piscando.. era o seu bravo coração já batendo.. Não sei descrever a emoção, mas essa só o início da montanha russa que é esperar por um filho.
As primeiras batidas do coração
Foi na 12º semana, na ultra para a Transluscência nucal. Foi a primeira foto do meu bebê, a primeira ultra gravada em DVD.. Contei os dedinhos, estavam todos lá! Carreguei sua foto, já fazendo pose, no celular por meses a fio.. E quando ouvi seu coração, foi a melhor música para meus ouvidos e coração! Chorei de emoção, chorei calada, enquanto te olhava, meu filho! Já te amava demais naquele momento.
A descoberta do sexo do bebê
Foi no dia 12 de dezembro de 2008, véspera de Ano Novo. A médica não conseguiu uma imagem boa para a fotografia, mas teve certeza: era um menino! Fiquei feliz, emocionada, sorrindo a toa. Saí da sala de exames e a primeira pessoa para quem contei foi meu pai, que torcia por um menino e já colecionava carrinhos, motos e aviões para meu rebento. A ansiedade fez com que se nome fosse escolhido no mesmo dia, não aguentaria esperar: Daniel!
Os primeiros chutes
Estava sozinha, ouvindo música, conversando contigo quando, de repente, senti uma cambalhota. Era a primeira vez que te sentia mexer, meu bebê. Sozinha, no início da madrugada, deitada em minha cama.. Fiquei quietinha, respirando devagar, sentindo você me dizer que estava ali, vivo, ativo.. Daí por diante foram chutes e cambalhotas até o dia em que chegaste ao mundo, meu amor.
O primeiro encontro!
Foi a maior emoção da minha vida. Ouvir seu choro foi melhor que ouvir seu coração, som que tantas vezes me consolou, me deu forças e me fez seguir em frente ao longo dos conturbados nove meses.. Olhava você, com lágrimas nos olhos e um sorriso que não cabia no rosto e a primeira coisa que consegui dizer-te, Daniel, foi "seja bemvindo a este mundo, meu filho!".. E chorando, cantarolei para ti a nossa canção. Canção que retrata tudo que queria te dizer naquele instante, mas não consegui, pois a emoção me calou.. Canção que nos conectou desde o princípio, que faz parte da nossa história.. Afinal, "eu tenho tanto pra lhe falar, mas com palavras, não sei dizer, como é grande, o meu amor, por você.."
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