quarta-feira, 30 de julho de 2008

Polêmica

Mais uma quarta feira.. Meio da semana.. continua a caçada, mas sem muitos proveitos.. Volto pra casa, tentando não me desanimar e venho ler as notícias do dia.. Eis que me deparo com uma polêmica sem tamanho..
Notícia do G1: Uerj abre banheiro feminino e lista de chamada para travesti.. Leia aqui
Meu pensamento: Maneiro.. Estão abrindo um pouco mais a cabeça e desconstruindo tabus e preconceitos..
A reportagem do G1 vem contando a história de um transexual que estuda lá e se sentia constrangido em ter que usar o banheiro masculino, além do nome da lista de chamadas.. Segui lendo achando válida a iniciativa, desmistificando essa coisa da pessoa ter um fenótipo e um outro genótipo (fazendo uma analogia à genética).. Mas qual não foi minha surpresa ao ler os 153 comentários da reportagem..Todos eles estavam "malhando" a UERJ por esta iniciativa.. Tinha gente que estava desistindo de fazer vestibular pra lá por causa disso.. Outros dizendo que os homens íam se fantasias de mulher só para estuprar meninas nos banheiros femininos..
Eu só posso estar ficando louca! Eu fui a única a postar a favor??? Quem já foi no prédio da UERJ (que lá na faculdade chamamos carinhosamente de Campus, embora eu saiba o significado de campus) deve ter reparado que os banheiro, em sua maioria, não possuem portas. Além de possuírem, muitos deles, uma placa junto à da categoria (feminino/masculino) onde se vê escrito "Ame a vida, use camisinha". Será que eles colocaram aquilo lá "só por diversão"?
Não é novidade de que qualquer um entra ou sai daqueles banheiros e faz o que bem entender, sem precisar ser mais explícita. Esta norma só torna menos constrangedor aos transexuais certas coisas simples do dia-a-dia, que nós, heterossexuais inveterados, donos da verdade, não damos valor, como usar o banheiro e ser chamado pelo seu nome que mais que agrada. São coisas simples que pra gente não faz muita diferença, pois já nos acostumamos.. mas que possuem um valor imenso!
Devemos pensar, antes de "detalhes", que essas pessoas antes de serem qualificadas como homem, mulher, gay, transexual, drag queen ou o que for, são seres humanos e merecem todo o respeito e dignidade que sempre reivindicamos para nós mesmos.

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